eu li cidade da lua crescente pra você não precisar ler
900 páginas de uma morte lenta e entendiante
decepção com um toque de “o que aconteceu aqui” talvez não sejam as palavras certas para começar a falar desse livro, mas depois de encarar 900 páginas de muita coisa e nada ao mesmo tempo, peço desculpas pelas minhas palavras exaustas.
como uma grande fã de sarah j. maas, é um pouco doloroso ter que admitir que, embora eu tenha lido este livro há pouquíssimo tempo, seu enredo e personagens foram tão irrelevantes que eu precisei revisitar o livro algumas vezes para escrever essa review.
cidade da lua crescente é o primeiro livro do que eu espero ser uma trilogia. durante 900 longas e desnecessárias páginas, acompanhamos bryce quinlan brincar de detetive e ao lado de hunt athalar e investigar quem ou o que está por trás do massacre que matou sua melhor amiga.
a frase “prometeu tudo e não entregou nada” nunca foi tão bem aplicada para descrever um livro. sarah j. maas vem de uma última trilogia que sofreu várias críticas negativas em relação a construção o universo. em “a corte de rosas e espinhos, focamos tanto no romance do casal principal que qualquer descrição do mundo fantástico do livro é quase inexistente. talvez isso explique porque em cidade da lua crescente a autora fez questão de sufocar o leitor de informações sobre o universo apresentado.
são mais de 600 páginas com informações densas sobre as organizações políticas, sociais e histórico de personagens secundários que, para um primeiro livro, acabam se tornando massantes e difíceis de absorver. eu mesma só me lembro de alguns pontos e, mesmo assim, não posso dar certeza de que são pontos relevantes.
“Uma vida. Aquelas fotos eram de alguém com uma vida, e uma vida muito boa…”
bryce é uma boa protagonista, mas não é a feyre. apesar de ter todos os elementos necessários para se conectar com o leitor, nenhum desses pontos é verdadeiramente explorado e somos deixados a deriva com uma protagonista forçada, vazia e sem propósito.
eu tinha colocado todas as minhas fichas no trauma de perder todos os seus amigos em um massacre brutal, mas mesmo esse fato acaba sendo mal explorado pela autora ao longo dos capítulos. por fim, somos guiados por uma heroína que tem muito pouco a oferecer ao leitor além do seu humor ácido.
quando a hunt athalar — eu faço questão de frisar o seu nome apenas pela quantidade de vezes que a autora o repetiu ao longo do livro. eu o descreveria como a versão da shoppe do rhys — a expectativa era de que ele entregaria o ar dominante do meu feérico favorito, mas o nosso aprendiz de arcanjo não passou nem perto de conseguir exalar a testosterona necessária para ganhar a minha atenção.
mesmo tendo um arco interessante, o desenvolvimento de hunt se perde em meio aos milhões de conflitos que a autora tenta abordar de uma única vez, tornando-o mais um personagem de apoio do que realmente o par romantico da nossa protagonista. o que me obriga a questionar: será que veremos a fórmula de a corte de rosas e espinhos se repetindo nessa nova trilogia?
cidade da lua crescente foi uma leitura difícil de digerir e, sendo bem honesta, eu passei o tempo todo me perguntando se esse era realmente um livro da sarah j. maas.
os diálogos eram vazios, acrescentavam pouco ao enredo principal. os capítulos se perdiam em descrições extremamente detalhadas de personagens que não eram tão relevantes assim para a história — aparecendo apenas por dois ou três capítulos no máximo.
sempre que eu achava que o enredo iria avançar e que alguma informação relevante seria apresentava, voltávamos a estaca zero e nada do que tinha sido dito ou acontecido até então era relevante. era como ler o capítulo um de novo e de novo sem ser capaz de chegar ao final.
“eu vejo você, quinlan, transmitia ele, silenciosamente. e gosto de tudo o que eu vejo…”
e se você gosta de sarah j. maas, provavelmente as suas expectativas — assim como as minhas — eram de um romance cheio de química e cenas inesquecíveis entre o nosso casal protegonista, certo?
eis aqui mais um item para a nossa lista de decepções.
embora a dinâmica entre os dois seja interessante, eu não senti que o enredo proporcionava espaço para que a relação dos dois fosse além da investigação que estavam fazendo, por mais que a autora tenha criado situações para que isso acontecesse. há algo na relação dos dois que não me entrega a vibe couple goals que esse tipo de fantasia romantica pede.
por fim, e 900 páginas depois, cidade da lua crescente termina com um gosto amargo de “eu já sabia que isso ia acontecer”.
com um desfecho clichê e previsível, o livro termina com a certeza de que existem pelo menos umas 600 páginas ali que não precisavam existir, transformando a experiência de leitura em algo cansativo, frustrante e desmotivador.
achadinhos do kindle unlimited
Ao alvorecer prenderei uma Dama, da Hortência Alves: Jocelyn, uma inventora de utilidades domésticas, e Jack, um policial determinado a uma promoção, são forçados a unir forças em uma investigação de assassinato. Apesar de seus objetivos individuais e promessas quebradas, eles descobrem que o verdadeiro amor pode surgir nos momentos mais inesperados.
A Redenção do Marquês, da Flávia Padula: Lady Winnifred Sterling, uma solteirona de vinte e dois anos sem perspectiva de casamento, decide se mudar para a Cornualha para escapar de seu futuro incerto. No entanto, sua jornada é interrompida pelo misterioso Marquês de Huxley, Lorde Roscoe Wilde. Esse encontro surpreendente desencadeia uma paixão avassaladora que pode mudar o curso de suas vidas, apesar de um casamento arranjado iminente.
First Time, da K. A. Peixoto: Hope Donavan, fisioterapeuta de 25 anos, e Christopher Galanis, o quarterback do Gorillas da NFL, são vizinhos que não se suportam. Quando uma foto comprometedora deles é divulgada, são forçados a fingir um relacionamento para salvar suas carreiras.
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meus surtos da semana
eu não tô sabendo viver esse surto que tá sendo taylor swift & travis kelce; todo dia eu durmo feliz e acordo mais feliz ainda com mimos desse casal.
tava assistindo a nova temporada de love is blind e tive uma ideia para um livro; mas vale dizer que essa temporada foi a pior de todas, sério!
passei a semana me preparando para o NaNoWriMo 2023, mas de alguma forma a minha cabeça quer me convencer que vai dar tudo errado.
⌘ nota de rodapé
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Eu amo a saga acotar, tive um interesse em ler tog e lua crescente, mas não foi para a frente...
Eu amo Acotar e queria ler tudo da Sarah, mas quando comecei esse livro a leitura não fluiu e decepcionou um pouco. Enfim, vou continuar lendo minha série de Trono de Vidro que também estou amando.